Numa tentativa bem frustrada de oferecer uma prenda não banalizada à minha mãe - que não é só mãe mas também quarentona, neste lindo dia de Maio - decidi-me a fazer-lhe um elefante.
É o animal favorito dela, possivelmente uma reminescência do tempo que passou nas Colónias enquanto era criança.
Não podendo escapar ao olhar controlador da entidade parental feminina, vi-me obrigada a dizer que, aquilo que eu estava a fazer, era uma vaca. Fraca tentativa de encobrir o meu plano maquiavélico para uma fantástica prenda de anos, devo confessar.
A verdade, nua, crua e dura, foi que o elefante acabou por parecer uma tentativa pouco esforçada de fazer um paquiderme rosa e laranja, e que em nada se parece com o dito animal.
Na minha opinião, tinha saído melhor se fosse, de facto, uma vaca.